Pneu careca: entenda os riscos e saiba como identificá-los

Imagine que você está se preparando para uma viagem de final de semana em uma cidade vizinha. Com muito entusiasmo, já deixou sua bagagem pronta de antemão na noite anterior e seguiu estrada ao amanhecer (se preocupando apenas com o valor do combustível). Na metade do percurso você sente uma leve trepidação e escuta um ruído vindo das rodas ao adquirir maior velocidade, mas nada que o desconcentre. Até que percebe um ligeiro atraso nos freios quando vai realizar uma curva, ficando inquieto e decidindo realizar uma parada no primeiro acostamento à vista. É então que percebe o quão desgastados (ou como popularmente dizemos: carecas) já estão seus pneus! Uma história de “tirar os cabelos”, não é mesmo?

Apesar de ser apenas uma suposição, a história acima poderia ter tomado rumos de complicações ainda maiores uma vez que estamos falando da sua segurança no trânsito e a de terceiros, seja de passageiros no seu carro como a de outros motoristas. Mesmo se tratando de um passeio bate-volta, é sempre importante realizar a devida revisão no veículo.

Problemas ocasionados pelo desgaste do pneu

Os pneus são um dos principais componentes do carro para propiciar o amortecimento das vibrações e permitir que este tenha um melhor atrito com o solo. Um pneu é considerado “careca” quando os sulcos de sua banda de rodagem perderam sua profundidade, indicando assim que estes já não possuem uma perfeita aderência e que já não poderão proporcionar a devida segurança ao motorista.

A perda da eficiência dos freios e o risco de derrapagem por instabilidade na condução do veículo são muito frequentes nestes casos. A situação pode piorar ainda mais em dias chuvosos, ocasionando o que é chamado de aquaplanagem. Vale ressaltar que o problema do desgaste também acarretará em multa de trânsito, além de gerar 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do condutor.

Como evitar eventuais contratempos

É indicado que as revisões do veículo estejam sempre em dia. Dependendo do local em que está ocorrendo o desgaste, pode ser que o erro se deva por uma má calibragem ou pela falta de alinhamento do veículo. Também é importante que seja feito o rodízio dos pneus para equilibrar o desgaste natural da borracha, podendo assim também prolongar a sua vida útil.

Ao fundo dos sulcos do pneu é possível encontrar o TWI (indicador de desgaste). De acordo com a lei, a medida deste “tijolinho” deve ser superior ou igual a 1,6 milímetros. Uma vez que o desgaste estiver se aproximando deste limiar, os pneus devem ser substituídos o mais breve possível para evitar futuras complicações.

O chamado “tijolinho” que auxilia na identificação do nível de desgaste do pneu

Caso não possua um medidor de sulco, a medição também pode ser realizada com uma moeda de um real (seu aro dourado corresponde à medida solicitada).

Preze sempre pela segurança

Além do desgaste do pneu, vale sempre uma atenção para outras questões como por exemplo o DOT (a data de fabricação) como também sua condição física. Caso apresente por exemplo bolhas ou fissuras, é indicado que seja procurado a garantia do produto com o intuito de realizar uma análise técnica e averiguar a procedência do defeito e repassar as orientações adequadas.

Por fim, feita a devida revisão de seu veículo (e principalmente o estado dos pneus), você poderá agora realizar sua viagem sem se preocupar com possíveis aborrecimentos envolvendo seu carro. Desta forma também está garantindo não só a sua segurança como a do próximo!


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